Após conversações sobre segurança com líderes palestinos, com o objetivo de reanimar o plano do mapa da paz proposto pelos Estados Unidos, forças israelenses atacaram um bastião militante na Cisjordânia nesta terça, dia 24 (horário local).

Testemunhas palestinas disseram que os soldados israelenses cercaram a região de Casbah, na cidade de Nablus, durante a noite, após conflitos com atiradores palestinos. Não havia notícias sobre feridos. O Exército israelense afirmou que a operação visava a captura de moradores procurados por envolvimento em ataques suicidas.

Para a Autoridade Palestina, ações como esta na Cisjordânia e na Faixa de Gaza põem em risco os esforços para obter uma trégua com os grupos militantes, elemento-chave para a criação de um Estado palestino em 2005 como prevê o mapa da paz.

No entanto, Israel insiste que se reserva o direito de agir na falta de provas de que os líderes palestinos podem controlar grupos islâmicos radicais liderados pelo Hamas, que prometeu a destruição do Estado judeu. Na última rodada de conversações sobre segurança nesta segunda, o major-general israelense Amos Gilad e o ministro para Assuntos de Segurança palestino, Mohammed Dahlan, discutiram o plano de paz proposto pelos EUA, segundo o qual Israel deve retirar seus soldados de áreas em Gaza e em Belém, na Cisjordânia, em troca da ação palestina contra as atividades dos grupos militantes.

As negociações foram suspensas depois de os palestinos exigirem que as operações militares israelenses sejam reduzidas. Entre as exigências dos palestinos está o fim da política israelense de assassinatos seletivo contra militantes, trânsito livre para palestinos na principal estrada de Gaza e a libertação de milhares de palestinos detidos.

– Israel tem que entender que é apenas recuando que pode nos dar o espaço que precisamos para estabelecer uma "hudna" (termo árabe para trégua) segura – disse uma autoridade.

Um funcionário do alto escalão do governo israelense disse que as áreas que deverão ser entregues aos palestinos servirão com um teste.

– Deixem os palestinos conseguir a hudna deles, então conversaremos – disse.

Com informações da agência Reuters.